A recuperação de uma normalidade para esta parcela do mercado ainda é incerta. A fim de amenizar o estrago aos donos de PMEs, órgãos governamentais realizaram algumas medidas.
Apesar dos reflexos da pandemia do Coronavírus estarem sendo sentidos por todos, uma parcela da população está sentindo mais os efeitos das restrições. Um dos maiores exemplos, são aqueles que dependem do capital gerado pelas suas pequenas e médias empresas. Com isso, possuindo recursos suficientes para pagar contas e garantir o seu sustento.
Dessa forma, apesar de ser o nome mais utilizado, o Brasil não teve um lockdown radical de fato. O termo inglês significa, de modo literal, “isolamento”. Na prática, é a medida mais severa imposta por governos para que haja distanciamento social.
Nesse sentido seria um bloqueio total, no qual a população deveria, de maneira geral, ficar em casa. A medida inclui o fechamento de vias, como também proíbe deslocamentos e viagens não essenciais.
Ao longo de um ano de pandemia , tivemos vários modelos de restrições impostas em todo o país. A falta de planejamento e gestão unificada dos órgãos públicos, resultou em medidas falhas e com poucos resultados. Dessa forma, mais de um ano depois do primeiro caso no Brasil, continuamos sofrendo as mazelas da pandemia.
Como Pequenas e Médias empresas estão sendo afetadas
As pequenas e médias empresas estão vivendo uma situação de dificuldade no Brasil. De acordo com uma pesquisa do Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo, no mês de fevereiro de 2020, apenas 11% das pequenas empresas possuíam estabilidade financeira. Logo, parar impactaria diretamente o pagamento das contas.
No entanto, a pandemia afetou as pequenas e médias empresas de maneiras diferentes. Segundo uma pesquisa realizada pela Omie, as PMEs do setor de agronegócio cresceram 470% em 2020. Já as empresas do setor de delivery, cresceram 420% no mesmo período.
Apesar dessas exceções, diversas empresas não tiveram o mesmo desempenho. O setor de arte, cultura, esporte e recreação tiveram uma média de 76,1% a menos de faturamento no ano passado. Assim como o setor de construção civil, que teve uma queda de 74,6%.
Esse impacto pode ser ilustrado pelo número recorde de desempregados no Brasil. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, feita pelo IBGE, no primeiro trimestre de 2021, chegamos a marca histórica de 14,4 milhões de desempregados.
As micro e pequenas empresas tem parcela fundamental na economia do país. Antes da pandemia, elas eram responsáveis por cerca de 54% dos empregos com carteira assinada no país e 27% do PIB nacional. Além de representarem quase um terço do capital nacional, as pequenas e médias empresas ainda eram responsáveis por mais da metade dos trabalhos.
Medidas governamentais de apoio às PMEs na Pandemia
A fim de amenizar o estrago aos donos de PMEs, órgãos governamentais realizaram algumas medidas. No entanto, devemos ressaltar que algumas dessas ações só saíram do papel, porque tiveram pressão e apoio público
Uma delas, em síntese, foi a prorrogação do pagamento do Simples e do recolhimento do FGTS. O governo prorrogou em seis meses o prazo para pagamento dos tributos federais no âmbito do Simples Nacional.
Outra medida que auxiliou os empresários brasileiros, foi a redução de jornada de trabalho, com corte de salário e suspensão de contrato. Assim, as empresas puderam suspender, por até 60 dias, o contrato de trabalho do colaborador ou reduzir sua jornada de trabalho. O auxílio do governo foi proporcional ao valor do seguro desemprego.
Nesse sentido, a Caixa Econômica Federal criou, neste ano, um pacote de medidas que permite a flexibilização de crédito e congelamento de cobrança de dívidas. O objetivo é amenizar os impactos da crise econômica gerada pelo Coronavírus. Confira as quatro principais ações direcionados às pessoas jurídicas:
- Redução de juros de até 45% nas linhas de capital de giro, com taxas a partir de 0,57% a.m.;
- Disponibilização de carência de até 60 dias nas operações parceladas de capital de giro e renegociação;
- Disponibilização de linhas de crédito especiais, com até seis meses de carência, para empresas que atuam nos setores de
- comércio e prestação de serviços, mais afetadas pelo momento atual;
- Linhas de aquisição de máquinas e equipamentos, com taxas reduzidas e até 60 meses para pagamento.
Estas são apenas algumas políticas realizadas pelo governo. Se informe com o seu banco ou cooperativa financeira e saiba quais medidas se encaixam melhor ao seu negócio.
Previsões: desafios e oportunidades
É possível compreender que a baixa circulação de pessoas e a queda na renda das famílias, interferiu diretamente no mercado de diversas pequenas e médias empresas. Bem como, são as que mais necessitam de um giro financeiro ativo.
A recuperação de uma normalidade para esta parcela do mercado ainda é incerta. Visto que ainda enfrentamos um momento muito crítico da pandemia e a crise econômica é uma realidade cada vez mais cruel para a população brasileira.
Procure se informar a respeito de quais medidas governamentais podem auxiliar a sua empresa neste momento. Além disso, também foram criados créditos especiais para pequenas e médias empresas, assim como empréstimos com baixos juros.
Além de utilizar das medidas geradas pelo governo, é preciso realizar uma reestruturação no modo de consumo da sociedade em geral. Ou seja, apostar num consumo mais consciente, investindo num modo de consumo mais sustentável, pode ser uma boa forma de sairmos da crise.
Em outras palavras, uma oportunidade, que ao mesmo tempo é um desafio, seria investir não só capital, mas como também tempo e energia no mercado local. Dessa forma sua empresa poderá se fortalecer e ainda auxiliar na construção de uma economia nacional forte.
Em suma, é preciso utilizar da criatividade para enfrentar o momento que passamos. Além de ser uma crise sem precedentes, as pequenas e médias empresas são as que mais estão sofrendo financeiramente. Busque construir uma comunidade com outros empreendedores. Juntos continuarão em pé.
Informativo WHOW